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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A imortalidade da alma.



Segundo a bíblia, o homem é uma unidade composta por corpo, alma e espírito. O corpo é essencial ao ser humano. A experiência comprova que termos um corpo, e a consciência nos revela que em nós  existe uma alma, um poder de vida espiritual.

Na bíblia, o corpo é de valor inestimável para o ser humano. É no corpo que a vida da alma mergulha as suas raízes e por ele se manifesta. O organismo físico é indispensável instrumento à alma. Por isso, qualquer desordem no corpo produz, por consequência, perturbação na alma. As doenças que denominamos mentais são na verdade puramente físicas, é o instrumento danificado desestruturando a alma. É pela mesma razão que as capacidades físicas e mentais vão se perdendo com a idade. A alma em si não está decadente, o corpo é que está defeituoso.

As escrituras também concedem à alma princípios espirituais e independentes, tornando-a de valor incalculável, mais que uma simples função da vida física. Nela reside o parentesco entre o homem e Deus e nela estão fixados os laços que os unem. A doutrina da existência da alma é um princípio necessário a todas as religiões, bem como a moral e as manifestações espirituais mais elevadas. Sem alma, a vida humana vale muito menos, por lhe faltar o que produz poesia, os sentimentos mais nobres, a simpatia do coração, a consciência moral e as aspirações ao bem – enfim, a vida para Deus e em Deus.

Além da alma e do corpo, também temos o espírito. A bíblia se refere aos três em 1 Tessalonicenses 5:23 e Hebreus 4:12.

O materialismo tenta colocar a alma como sendo material e mortal. Porém podemos sugerir até mesmo evidencias prévias além das bíblicas.

Um exemplo disso é a universalidade da crença na imortalidade da alma. Se fosse uma tradição local, teríamos como referencia um lugar, caso fosse um período teríamos datas.

Sabemos que isso não há, assim a universalidade dessa crença é a resposta de um sentimento que tem sido inspirado pela própria consciência de vida e, consequentemente aponta para o Autor da vida como a sua fonte.

Pesa também a favor da imortalidade da alma a grande capacidade da mesma. Devido à brevidade da vida aqui, a inteligência humana não tem sido mostrada em toda sua plenitude.
Devemos pois, dizer que há um estado futuro em que tudo que aqui parece incompatível com a justiça divina será ajustado. A imortalidade é necessária para que se corrijam essas irregularidades.

Por fim, as escrituras citam por deveras a imortalidade da alma.

O salmo 16:9-11 nos mostra o salmista inspirado por Deus falando a respeito da alma viva após a morte do corpo.

O salmo 73:24-26 nos revela a crença na imortalidade.

Daniel 12:3 diz sobre o destino dos salvos em Deus, que é a vida eterna.

Mateus 10:28 Jesus fala sobre a imortalidade da alma, e que Deus tem o poder de lhes dar a salvação ou a perdição.

Lucas 16:22-25 Cristo Jesus nos mostra enfaticamente que a alma existe, e permanece consciente e ativa no intervalo entre mostre e a ressurreição.

Por último, 1 Pedro 1:3-5 nos dá a esperança que somos imortais e o que nos espera (para os salvos em Cristo Jesus) é um corpo glorificado ressurreto onde habita essa alma imortal incorruptível e sem mácula.

Que Deus vos abençoe e permaneçam firmes nessa esperança.

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4 comentários:

  1. A Verdadeira Constituição Humana (Extraído de Classe Virtual Noahide) - De acordo com as Escrituras Sagradas Hebraicas.


    Apesar de ser reconhecida como fonte primária dos conceitos ocidentais sobre moral e monoteísmo; quando se fala de "existência após a morte", a Bíblia Hebraica é considerada pela maioria das opiniões, como uma obra indefinida sobre tal conceito.
    Esta opinião deriva de um fato surpreendente: Em lugar algum na Bíblia Hebraica as almas são descritas em um ambiente "post-mortem". Como em muitas mitologias, o Novo Testamento leva os seus leitores com frequência ao "mundo das almas" e o Corão também, descreve o Jardim da Recompensa Eterna. Já com relação aos personagens bíblicos, estes jamais são vistos no "mundo dos mortos".
    Mesmo quando as "assembleias celestiais" são descritas, tal como no início do livro de Ióv (Jó); ou nas visões do profeta Iehéskel (Ezequiel) e Ieshaiáhu (Isaías) as almas humanas são invariavelmente ausentes.
    De modo similar, quando as pessoas morrem, a narrativa da Escritura não segue o personagem para o além. Podemos mencionar o profeta Eliáhu (Elias) ascendendo de sua existência terrena, deixando o leitor às portas dos céus com a frase "... e não o viu mais".
    Do fato de que não vermos "almas" na Bíblia Hebraica, muitos deduziram que ela falha completamente em lidar com o tema da existência após a morte. Por outro lado, o texto em si não permite a uma interpretação que negue completamente a existência após a morte!
    Embora as almas não sejam descritas, são feitas referências à sua existência. Particularmente, o "além" intitulado "Sheol" é mencionado várias vezes; e conhecemos seus "habitantes", e personagens bíblicos expressam temor de ir para lá.
    A Bíblia Hebraica também mantém a idéia de julgamento após a morte, sugerindo daí possibilidade de recompensa futura. Dicas adicionais são: A própria conversa de Shemuel com Shaul do túmulo, Eliáhu e Hanoh (Enoque) sendo "tomados" por D'us, e a carta chegando de Eliáhu após seu desaparecimento. Mais famosa é a declaração em Daniel de que os justos virtuosos se levantarão para os seus destinos no fim dos Dias.
    Devido a sua importância, se poderia considerar que se, de fato, a Bíblia Hebraica tem a intenção de propor a doutrina da EXISTÊNCIA APÓS A MORTE, pelo menos poderia nos descrever a glória da Vida Perpétua.
    Mas não é assim que ocorre. Enquanto a "epopeia de Guilgamesh", o "Livro Egípcio dos Mortos", a "doutrina dos cananeus", e a Mitologia grega; todos incluem história de pessoas visitando o "Mundo dos Mortos" e voltando para contar sobre almas que "viram", a Bíblia Hebraica não tem este tipo de coisa.

    Édis Bernardes Lacerda - B. H. - M. G. - 08/042013.

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  2. As Conclusões Precipitadas dos "Estudiosos" (extraído de Classe Virtual Noahide - A Verdadeira Doutrina das Escrituras Hebraicas)

    Com base nestas considerações, estudiosos concluiram que a Bíblia Hebraica mantém uma "visão primitiva" ou "imatura" da alma; o que impediria de desenvolver uma noção clara sobre a existência após a morte. Estes estudiosos pensaram que a Bíblia Hebraica entendia o homem como um ser que apenas seria caracterizado em conexão com o corpo físico. Então, de acordo com eles, seria doutrina da Bíblia que mesmo se "algo" do homem continue a existir após a morte, sem o corpo físico este "algo" perderia seu significado.
    De acordo com este ponto de vista, a forma pela qual a "alma" foi considerada na Filosofia Grega; representa - na opinião deles - uma dramática melhoria progressiva da interpretação da Bíblia Hebraica; a qual - dizem eles - pavimentou com seus conceitos "primitivos" sobre a alma, aquilo que já seria familiar aos Vedas Hindus e ao Paganismo Romano.
    Esta opinião se tornou "padrão" acadêmico sobre este assunto. Por exemplo, como o estudioso H. W. Robinson escreve:
    [No "Velho Testamento"] não existe contraste entre o corpo e a alma, tal como os termos instintivamente nos sugerem. As sombras da morte no Sheol... não são chamadas "almas"... em o "Velho" Testamento contém qualquer palavra distinta para "corpo", como teria certeza, se esta idéia fosse completamente diferenciada do termo "alma". A natureza do homem é produto de dois fatores - o fôlego - alma (nefesh) a qual é seu princípio de vida, e o complexo dos orgãos físicos que aquela anima. Separe os e o homem deixa de existir, em qualquer sentido da [noção de] personalidade.
    E outro estudioso chamado Lyn Alton de Silva, colocou desta forma:
    A noção de alma como uma entidade imortal que entra no corpo no nascimento e o deixa na morte é totalmente estranha à visão bíblica do homem.
    Esta conclusão prevaleceu no discurso teológico também. Aqui - por exemplo - temos a posição oficial da Igreja Evangélica Luterana sobre este assunto:
    No Velho Testamento, alma é essencialmente o princípio da vida. Sempre aparecem em alguma forma ou manifestação, sem a qual, não pode existir. Os hebreus não eram capazes de conceber uma alma incorpórea.
    E a Enciclopédia Britânica segue o mesmo modelo, incluindo a Bíblia Hebraica na seguinte rubrica pejorativa:
    A mais primitiva dentre estas interpretações [sobre alma], foi baseada numa avaliação integralista da natureza humana. Assim, a pessoa individual foi concebida como um organismo psicofísico, no qual ambos os constituintes materiais e não materiais são essenciais para manter uma existência pessoal integrada.
    De tal avaliação, se deduz a idéia de que a morte é destruição da existência pessoal. Apesar de alguns elementos constituintes da pessoa viva estar destinado a sobreviver esta desintegração, este não conservaria o ser essencial ou personalidade.
    Se estes estudiosos tinham em mente, tais opiniões sobre a Bíblia, dificilmente o texto hebreu lhes poderia servir de inspiração.

    Édis Bernardes Lacerda - B. H. - M. G. - 08/04/2013. (citação)

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  3. O Tropeço Na Questão Lingüística (extraído de Classe Virtual Noahide - A Verdadeira Doutrina das Escrituras Hebraicas)

    Fora da questão do tema da existência após a morte, existe um importante componente lingüístico o qual, muitos desprezam no estudo que fazem sobre a idéia da Bíblia Hebraica sobre o homem. Como regra geral, eles estiveram completamente confusos com as terminologias bíblicas relacionadas à essência do homem, e a constituição metafísica do mesmo. Eles desistiram da procura por compreensão, por consistência nas terminologias da Bíblia Hebraica. E para muitos, o preconceito impediu de procurar devidamente em fontes originais judaicas.
    Esta falta de compreensão da linguagem da Escritura, anexada ao dano geral causado pela aplicação de filosofias estranhas, idólatras; ao texto, apenas serviu como uma das muitas razões de deturpação dos ensinamentos da Escritura Hebraica, por perder seu ponto essencial; além de impedir por completo a compreensão das palavras, das interpretações dos sábios de Israel.
    É preciso compreender a semântica do texto Bíblico hebreu. Ao contrário do que diz a Tradição Cristã, o Cânon hebraico não sustenta a noção dualista de "corpo-alma"; mas ao invés disso, aplica os termos; Nefesh, Rúah e Neshama.
    De modo geral os pensadores ocidentais lutaram para encaixar estes três termos hebreus, num único dogma simplificado da alma. Nos "Evangelhos" - por exemplo - a estrutura humana é chamada psykhe ("alma") enquanto pneuma ("espírito") seria primariamente reservado para a emanação de D'us (como em "Espírito Santo"). A tradução grega - ou mesmo a Inglesa; sempre procurou igualar o termo Néfesh com "alma"; e "Rúah" com "espírito"; já Neshamá, que não possui equivalente grego, é traduzida como "fôlego".
    Porém, mesmo uma leitura superficial da Bíblia Hebraica revela facilmente que estas correlações falham, e inevitavelmente resultam em obscurecer o sentido real dos termos hebreus. Na popular versão "João Ferreira de Almeida", por exemplo, Rúah é várias vezes considerado; "vento", "espírito", "fôlego"; mas de vez em quando é: "mente", "ira", "coragem" e etc. Néfesh, apesar de ser majoritariamente traduzida como "alma" e traduzida como "fôlego", "ser", "mente", "coração", "vontade", "desejo" e até "apetite". E mesmo o menos frequente termo Neshamá é considerado como "fôlego", "espírito" e também "alma".
    Sendo assim, quando alguém lê uma Bíblia em Português ela não tem como saber se a palavra "alma" num texto, está se referindo a Néfesh, Rúah, ou Neshamá; e por esta razão é incapaz de compreender o sentido do uso de cada um destes termos pelos escritores hebreus. A "tradução" ao invés de esclarecer o texto hebreu, o obscureceu por completo.

    Édis Bernardes Lacerda - B. H. - M. G. - 08/04/2013. (citação)

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