O texto está em Juízes 11:29-40 onde vemos Jefté, um
juiz em Israel, após uma vitória com a ajuda de Deus sobre os amonitas, faz um
voto dizendo que o que lhe viesse ao encontro em sua casa, ele ofereceria em
holocausto ao Senhor.
Sendo que, o que lhe veio ao
encontro após mais uma vitória foi sua filha, única filha, não tinha outro
filho também. Esse ao encontra-la rasga sua vestes e chora ao passar para ela o
voto que fez. Sua filha aceita e obedece, pede apenas um tempo (dois meses)
para chorar sua virgindade junto com sua companheiras.
Acabado o tempo, Jefté
cumpre nela o voto e a bíblia termina essa história dizendo que a mesma nunca
manteve relação sexual com algum homem e de ano em ano mulheres lamentavam por
quatro dias o acontecido.
Bem, com esse resumo do
texto, fica a pergunta, afinal, ela foi sacrificada (morta e queimada) ao
Senhor, ou esse sacrifício foi outro tipo?
Sabemos que Deus não
aceita sacrifícios humanos, tanto que na antiga aliança era animais
sacrificados, ao que após o único sacrifício humano para nossa salvação, que
foi também divino, nem os de animais são necessários.
Desta forma, podemos dizer
que Deus não aceitaria tal voto, por ser algo que afronta sua lei!
Porém mesmo Deus não
aceitando, não significa que não foi isso que Jefté fez, talvez por ignorância
(não conhecimento da lei divina) ao achar que Deus seguia os mesmos preceitos
dos outros deuses (sacrifícios humanos).
Outro ponto de
vista levantado, é que não foi feito o sacrifício de morte, mas sim um
“sacrifício vivo”, isto é, no caso tem tela, o sacrifício foi a filha de Jefté
ter permanecido virgem, não se casado.
Alguns chegaram a esse ponto
de vista com relação a parte final, onde há uma grande ênfase nela ter se
mantido virgem e ter lamentado sua virgindade também.
O fato é que, isso até seria
cogitado se não fosse a fato de Jefté ter dito, “o que me sair primeiro em minha casa, oferecerei como holocausto ao
Senhor”. Jefté não fala se é humano ou animal. Poderia estar muito bem
pensando num animal que veria de primeiro e seria natural esse sacrifício de
morte, porém não o seria se fosse para esse permanecer virgem.
Mesmo se fosse humano, poderia
ter vindo primeiro um servo, ou até mesmo sua esposa (que não seria virgem).
Desta forma, podemos
concluir que, o mais provável foi um voto precipitado de Jefté, reprovado
por Deus, porém cumprido por esse juiz de Israel da época, por ignorância ou desconhecimento
da Lei que proíbe sacrifícios humanos.
Vemos mais na frente, que
Jefté teve sérios problemas em seu governo e também, em vista de outros juízes,
seu comando foi curto.
Há certas coisas na bíblia
que não significam que ele aprovou aquilo, mas está escrito para nossa reflexão
e entendimento, onde Deus tem sua lei e quando não a conhecemos, temos um
tendência a errar achando que estamos fazendo algo correto.
Leia sempre a bíblia, para
não cometer erros que Deus nos mostrou para não o fazer.
Não faça votos precipitados
ou promessas fora do padrão bíblico, tipo, “se
o Senhor fizer tal coisa, vou largar minha esposa”, este é um voto “La Jefte”, ou seja, sem aparo bíblico,
pior, contrário a bíblia!
Que Deus vos abençoe e que
seus votos sejam com responsabilidade.
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bem, Deus assistou Jefté sacrificar a sua unica filha e diferente do caso de abraão ele consentiu com o crime quando se tornou omisso não impedindo o holocausto, não tem nem desculpa pois dizer que ele não sabia ou que ele não poderia impedir é inaceitavel devido a sua onipresença, onipotencia e a sua onicienscia.
ResponderExcluirNo caso de Abraão foi iniciativa divina, no de Jefté foi humana, quantos erros cometemos e Deus não impede, mesmo sendo onipresente, onipotente e onisciente, são duas histórias narradas e com aplicações diferentes.
ExcluirBem Ramirez, no de Abraão o próprio Deus pediu, e era uma prova. No de Jefté Deus não pediu, foi Jefté por sua própria ignorância que o fez.
ResponderExcluirDeus sabia e podia impedir, porém o pecado do homem é uma escolha, assim, neste pecado Deus não impediu pois foi pura escolha de Jefté comparar Deus com os deuses pagãos daquela época.
Há uma grande diferença no ocorrido com Abraão e seu filho, com Jefté e sua filha! No primeiro, Deus falou, no segundo falou o homem que não conhece a Deus, este recebe as consequências do seu pecado, que é uma livre escolha e Deus não impede o homem de pecar, assim como não nos obriga a servi-lo.
Olá,
ResponderExcluirtambém escrevi em tempos um artigo sobre este assunto:
http://quem-escreveu-torto.blogspot.pt/2012/01/jefte-sacrifica-filha.html
Saudações
Paulo Ramos
Sabem de nada inocentes. Leiam Lv 27 sobre votos e sacrifícios a fim de aprenderem de uma vez por todas que Deus não aceita sacrifício humano, e quando é o caso de voto dessa natureza existe o resgate previsto para isso.
ResponderExcluirTambém pesa o fato que nossas traduções desprezaram o significado correto da partícula hebraica "vau" traduzida erroneamente como "e" no português ao invés de "ou".
Dessa forma, o sacrifício de fato ocorreu, mas como sacrifício vivo, que consistia na dedicação exclusiva da filha virgem ao SENHOR, impedida, dessa forma de um futuro matrimônio e continuidade da descendência de Jefté.
Simples assim.